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os dedos nervosos.

os dedos nervosos ganharam novas cores.

ando plantando novas flores por aí.

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Sobre a correria.


e a gente corre tanto para ver a vida parada no meio da rua, no meio da chuva, no meio da vida, no meio do tempo.
e a gente corre tanto para parar pra ver, para parar pra remendar, para parar porque é assim que tem que ser.
e depois volta a correr, até a proxima parada.

desejo paradas mais espaçadas para correr cada vez menos.

corridas já não me enchem os olhos.
corridas já não me animam os músculos.
corridas já não me satisfazem.

quero um longo pit stop.
por sorte, existem finais de semana.

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não mais que de repente…


e de repente, ela entendeu que nem sempre a vida foi feita para fazer sentido. outras vezes, as coisas são como são porque nasceram assim e cresceram assim e serão sempre assim, sem sentidos justificáveis, sem inconstância mutante.
e de repente, ela entendeu que, às vezes, o silêncio e o grito se encontram e juntos constroem estruturas que ninguém pode explicar, cadências que o mundo confirma em suas idas e vindas, acertos e erros que o artista lapida com o tempo.
e de repente, ela encontra à frente um mar de mundo – maior do que seu tamanho mil vezes – e recorta partes deste mundaréu fixando um dedo indicador para a frente, esquecendo momentaneamente os outros recortes de mundo que o mundo, por si, lhe oferece.
e de repente, ela entende sabendo que certo dia desentendimento será.
de repente, não mais que de repente…

foto: ilha de itaparica

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e se…

… o silêncio for minha nova forma?

foto

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novidades vividas.


acordei às vesperas do são joão com esse “bom dia”.

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sobre os espaços em branco.

a vida é composta por frases nada elaboradas, pouco estruturadas e sem caso pensado. sem por que ou pra que (inconscientemente ou não), nós produzimos um punhado de frases de efeito (ou sem efeito algum) para um milhão de pessoas (ou para ninguéns) que cruzam com nossos pés, mãos, olhos e bocas…

todos os dias, a vida se processa nessas mil e um livros-textos sem fim e assim se vão os meses.
ela, distraída e corrida como sempre, menos e mais um punhado de coisas, vive vivendo – enquanto as frases se produzem todas – olhando com cuidado para os espaços em branco.

os vazios pálidos que os seres produzem enquanto seguem a vida que têm, que acreditam ter ou que esperam (e nunca alcançam).

e enquanto olha os espaço, os brancos, os distraídos espaços brancos, ela vê.
o que ninguém, ou ela mesma, parou para ver.
o que se porta tão desinteressante,
que interessante é.

fim.

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dois andares abaixo do meu

“Ela não viveu uma vida à toa. Ou uma vida egoísta. Ela apenas viveu mais tempo do que a maioria de seus amigos, que deve ter sepultado um a um. Mais tempo que os pacientes que tantas vezes salvou, e então o consultório ficou vazio. Ela tinha bens que poderia ter vendido quando ficou restrita a uma renda que não lhe permitia manter o padrão. Mas não tinha mais saúde para fazer o que era preciso. Com o tempo, não conseguia mais nem caminhar até o banco para buscar o dinheiro da aposentadoria ou pagar a conta de luz ou qualquer outra. Lentamente os fios de sua vida foram lhe escapando das mãos. E, no fim, quando percebeu que precisava romper o pudor cimentado nela e pedir ajuda, já não era capaz de andar pela casa para abrir a porta da rua e escancarar sua miséria. A doutora não queria morrer, só não tinha forças para viver neste mundo.

Por um tempo fiquei acordada pelas madrugadas, dormindo nas auroras, aterrorizada com as vidas desconhecidas abaixo e acima de mim, com os socorros que eu não sabia que precisava prestar, com o monstro de olhos abertos em mim. Devagar, comecei a pensar nas minhas escolhas. E agora tento aprender a amar melhor, para além das paredes de meus metros quadrados de mundo, mais iguais às dela do que eu e todos gostaríamos.”

Eliane Brum

foda.

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no domingo…


o povo fez fila pra meningite…

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junho.

o frio vem vindo…
… e nós? pra onde vamos?

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serotonina na veia.

bom. muito bom.