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minha aquarela.




outro dia conversava com o noivo-rido sobre meu desejo de saber desenhar.
(antes de tudo é preciso dizer que minha lista de desejos é muito maior do que o meu e o tempo necessário para realizar tudo seria preciso dividir em muitas vidas. de qualquer forma, isso nunca me foi um defeito. na verdade, minha curiosidade sobre tudo sempre me foi curiosamente satisfatória porque para a minha singela pessoa não faz sentido vir ao mundo seguindo um fluxo tranquilo sem saber, sem buscar e sem catar por aí tudo o que se tem pra ver).
assim, entre milhões de desejos e projetos, fica a vontade de desenhar. porque em muitos momentos, a vontade mesmo é de se munir com lápis, tinta e papéis e colocar na folha o que palavras não sabem colocar para fora.
curiosamente naqueles momentos em que é dificil julgar o sentimento que se sente e distinguir o que se encaixa em cada sentir, uma folha bem grande com rabiscos e figuras bem desenhadas me parecem dignamente mais perfeitos para traduzir o que eu ainda não.

imagens: odosketch

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a extraordinária eventualidade do ser.

é incrível (e curioso) perceber
que por mais doloroso (e necessário) que seja,
a grandeza de um (entre tantos) eventos extraordinários
está bem ali
na imagem refletida
em um espelho qualquer.

foto.

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sobre tudo isso… e mais um pouco.


são tantas perguntas
tantos porques
tantos e tantos e tantos e tantos

que tudo, temporariamente, parou no tanto.

agora
busquemos o ato,
para menos tanto.

foto: sabino.

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semana em alfa.


virose é moda na Bahia.

ou seja, se vc sente qualquer coisa (dor de cabeça, enjoo, febre, dor de garganta, dor no corpo, entre outras) e vai em uma emergência, vai ouvir:

– é virose, não tem remédio, tem que ficar em casa descansando.

ok.

mas e faz o que com o resto da vida?

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sobre o rio e o céu, sobre perguntas.


e se ela fosse olhar bem fundo, veria no fundo do rio, a imensidão do céu azul. um céu cheio de nuvens que lembram formas, que lembram bichos, que lembram infância, que lembram a vida, que lembram um tudo, que lembram e lembram cada vez mais, sem parar.
e se ela fosse olhar bem fundo, entenderia que não são as respostas, é preciso achar as perguntas escondidas por aí, no fundo de um rio cristalino ou num céu anuviado de imagens de si.

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sete.



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hoje não, obrigada!

algum dia alguém poderia me perguntar: “você faria tal coisa?” minha resposta seria, evidentemente, não. eu não viajo na estrada à noite, eu não participo de role playing (para quem não sabe, nesse caso, nada mais é do que uma pequena atividade de simulação. pessoas atuam em uma situação que simula a realidade), eu não danço em festas, eu não tenho cara de pau, eu não, eu não, eu não.
ando revendo todos os meus conceitos. desde que entrei na causa da ABACC que já falei aqui, estou cada dia mais cara de pau, quinta-feira participei de um role playing na minha formação clínica, ontem à noite viagem pela estrada, danço em festas, danço tanto que as pernas doem.
em resumo: ando pagando minha língua.
lembro instataneamente daquele velho ditado “nunca se sabe o dia de amanhã”
eu era (mais) tímida; na segunda série perdia um trabalho, mas não falava na frente da turma; sempre quis ser muito discreta; escondia o que eu escrevia; lutava com todas as forças para passar despercebida (mesmo com quase dois metros de altura), entre tantas outras coisas.
nesse momento, lembro de Darwin e tudo que aprendi sobre evolução, espécies e todo aquele blablabla biológico. além disso, aprendi mais sobre cultura, psicologia e gente (esses bichos meio estranhos) mais do que sabia. e por isso, além do Darwin, agradeço a Freud (tenho que me render, mesmo não simpatizando com ele), Jung e toda a galera da sistêmica Minuchin, Cecchin, Watzlawick, Michael White, Marilene Grandesso entre outros.
No meu clube da vida existem muitos deles a me formar. Além, claro, das queridas pessoas do meu cotidiano.
E então as vezes eu me espanto e olho para trás. Mas preciso me corrigir: Agora a idéia é olhar para frente. E, por isso, quando alguém perguntar “você faria tal coisa?”. Eu, alegremente, responderei (se for o caso): “hoje não, obrigada!”

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sobre o mundo.

sinceramente?

as vezes me espanto com certas coisas do mundo.

como essa!

a pessoa tem no rosto toda a carência do mundo e os olhinhos pedem um abraço!

e nesses anos de pós-modernidade, o que mais está por vir?

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do amor.



E mesmo quando os olhos pesam de lágrimas

e os sorrisos me escapam por suas rotas de fugas,

o amor me embala com calma e aconchega minha dor.

O amor me sorri e garante.

– Tudo ao seu tempo, moça.

foto.