Categorias
Sem categoria

entre todas as coisas.

entre todas as coisas,
entre todos os lugares,
entre todos as esquinas,

uma única pergunta lhe inquietava a alma e o coração.

de certo, todas as respostas chegariam
mais do que certo, tudo passaria

e ela, no seu canto apenas perguntava:
– demora?

e entre todas as coisas, a resposta que surgia não cabia dizer.
e entre todas as coisas, ali ela estava.

mais uma vez.

Categorias
Sem categoria

os dedos nervosos.

os dedos nervosos ganharam novas cores.

ando plantando novas flores por aí.

Categorias
Sem categoria

Sobre a correria.


e a gente corre tanto para ver a vida parada no meio da rua, no meio da chuva, no meio da vida, no meio do tempo.
e a gente corre tanto para parar pra ver, para parar pra remendar, para parar porque é assim que tem que ser.
e depois volta a correr, até a proxima parada.

desejo paradas mais espaçadas para correr cada vez menos.

corridas já não me enchem os olhos.
corridas já não me animam os músculos.
corridas já não me satisfazem.

quero um longo pit stop.
por sorte, existem finais de semana.

Categorias
Sem categoria

não mais que de repente…


e de repente, ela entendeu que nem sempre a vida foi feita para fazer sentido. outras vezes, as coisas são como são porque nasceram assim e cresceram assim e serão sempre assim, sem sentidos justificáveis, sem inconstância mutante.
e de repente, ela entendeu que, às vezes, o silêncio e o grito se encontram e juntos constroem estruturas que ninguém pode explicar, cadências que o mundo confirma em suas idas e vindas, acertos e erros que o artista lapida com o tempo.
e de repente, ela encontra à frente um mar de mundo – maior do que seu tamanho mil vezes – e recorta partes deste mundaréu fixando um dedo indicador para a frente, esquecendo momentaneamente os outros recortes de mundo que o mundo, por si, lhe oferece.
e de repente, ela entende sabendo que certo dia desentendimento será.
de repente, não mais que de repente…

foto: ilha de itaparica

Categorias
Sem categoria

e se…

… o silêncio for minha nova forma?

foto

Categorias
Sem categoria

novidades vividas.


acordei às vesperas do são joão com esse “bom dia”.

Categorias
Sem categoria

sobre os espaços em branco.

a vida é composta por frases nada elaboradas, pouco estruturadas e sem caso pensado. sem por que ou pra que (inconscientemente ou não), nós produzimos um punhado de frases de efeito (ou sem efeito algum) para um milhão de pessoas (ou para ninguéns) que cruzam com nossos pés, mãos, olhos e bocas…

todos os dias, a vida se processa nessas mil e um livros-textos sem fim e assim se vão os meses.
ela, distraída e corrida como sempre, menos e mais um punhado de coisas, vive vivendo – enquanto as frases se produzem todas – olhando com cuidado para os espaços em branco.

os vazios pálidos que os seres produzem enquanto seguem a vida que têm, que acreditam ter ou que esperam (e nunca alcançam).

e enquanto olha os espaço, os brancos, os distraídos espaços brancos, ela vê.
o que ninguém, ou ela mesma, parou para ver.
o que se porta tão desinteressante,
que interessante é.

fim.