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Reflexo(s).

Vez ou outra,
invariavelmente,
imagem e reflexo se confundem
talvez não por mera transparência.

(dias sem tempo de olhar no espelho, procurar bem fundo, escrever ou entregar-se ao tédio… saudade indecisa se sim ou não. seguimos…)

Foto.

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Os bons morrem jovens…

Depois de todo o movimento espetacular por conta da morte de Amy, encontrei alguns comentários questionando esse alvoroço que se faz quando um famoso morre. Não me esqueço de Michael Jackson.
Então estava lembrando das minhas aulas sobre literatura brasileira, especialmente sobre o Romantismo. Foi um período de grande subjetividade e marcado pela morte dos poetas por conta da tuberculose. Castro Alves, Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu são exemplos clássicos desta epoca e deste “fim”. Não me recordo se eram sobre eles, mas a grande discussão nestas aulas era que a forma como eles viviam, levaram o desenvolvimento da doença. Eram boemios, gostavam de retratar o sofrimento humano e pareciam não se encaixar na “sociedade comum”. De posse de toda a sinceridade: a morte deles foi uma surpresa?
Ontem estavam coversando com meu primo torto e ele me falou sobre os músicos que morreram aos 27 anos. Não que eu seja uma abrute comemorando as mortes alheias, mas criei uma singela teoria (que não foi cientificamente comprovada e que não sei se alguém já inventou também) que algumas pessoas consideradas portadoras de doenças mentais são donas de uma inteligência marcante e não se adaptam ao mundo.
No caso de cantores e poetas, eles possuem uma forma fantástica de ver e viver o mundo e muitas vezes se deixam consumir por conta dessa vivência “no talo”. Amy Winehouse é a bola da vez. Uma mulher fantástica, com uma voz linda e uma trajetória marcada por drogas e confusões. 
As vezes acho que certas pessoas com passagens meteóricas pelo mundo deixam legados dignos de sábios centenários e partem, simplesmente por não conseguir encontrar-se, por não conseguir se ver fazendo parte dessa sociedade dita “liberal”, mas que massacra e julga com perseguições sensacionalustas os não adaptados ao grande sistema. É um fato: ao mesmo tempo que a mídia os transforma em reis por sua arte, os enquandram como anormais por suas condutas. 
Descanse em paz, Amy. 
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Salve, Jorge!

Jorge sentou praça na cavalaria
e eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia

Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo em pensamento
eles possam ter para me fazeram mal

Para aqueles dias que o meu silêncio fala mais do que minhas palavras, me calo no singelo aconchego de apenas um sentimento: há de se saber compreender o rumo dos dias. Porque mesmo aquelas criaturas mais fortalecidas (como se usassem as roupas e as armas de jorge), encontram o seu dia de descanso.

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20 de julho.

Meio esquisito esse troço de ter um dia dedicado a amizade, não? Mais esquisito ainda seria se eu usasse aquele velho ditado “mas dia do amigo é todo dia!”. Dias comemorativos são como aqueles trechos grifados em um texto bem escrito, sabemos que existe, mas tem algom, dentro do todo, que merece um pouco mais de atenção. Então, neste dia, enquanto ainda me recupero da minha dengue, me peguei pensando sobre tal dia.
Hoje pensei muito sobre as amizades que foram, as que estão, as que ficam mesmo com os anos, as que por diversos motivos não vingaram, enfim… sente a vibe “tunel do tempo melancolico”? Pois é, as vezes acontece nas melhores familiares. Mas é meio bobo dizer isso em voz alta (ou em texto expresso, neste caso) mas, para todos aqueles que são, foram ou serão, de alguma forma, marcantes em minha vida, feliz dia do amigo. Para quem acha tudo isso bobagem, feliz dia do amigo e pra quem nem sabia que hoje era esse dia, feliz dia do amigo. Enfim, ultimamente tenho entendido uma coisa, dentre muitas: não se importar muito o que será, vamos aproveitar o que se tem. Por isso, coletivamente e individualmente desejo um abraço apertado a todos os meus queridos. Obrigada pela existência! Ter vocês é bom demais!

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Dengue ou Dengo: eis a questão!

Dengue é a enfermidade causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.[1] A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Dengo
Classificação morfossintática:
– [dengo] substantivo masc singular .
Sinônimos: mimo .

Dengo soa muito melhor, né? 

Infelizmente a dengue foi mais rápida no gatilho!
 

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Das coisas mais.

E você vivia pensando naquelas tediosas obrigações adultas, contas a pagar, horários a cumprir, clientes, salário, chefes, estresse, transito. E você vivia exausto daquele dia-a-dia comum e violentamente rápido em que as folhas de calendário se consumiam tanto quanto seus pés doloridos. Pois é, você vivia pensando ser adulto, com aquele olhar de sabe tudo e o nariz empinado de um quase-expert-do-mundo-todo.
Não, não me atrai. E eis que surge um fim de semana, umas madrugadas a dentro, barrigas contorcidas de risadas e um carinho evidente. Amor é o nome, cheio de recheio. E entre o soprar de velinhas, o bolo de paçoca e um ou outro beijinho, você sorri e o mundo se transforma. Danem-se os outros, o que importa é isso aqui. Meu universo particular, meu mais.
E por fim, no fim do fim realmente, a gente entende que amor bom é aquele que nasce devagarzinho e vem, com cautela, pedindo licença, sem surtos. O amor vem e se aconchega e você o abraça, sorri. Ele adentra o seu universo e fica mais velhinho, mais carinhoso, mais, muito mais.

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É amor!

E voce pensou que o amor nao era capaz de modificar tudo?
Curiosamente ele bateu em sua porta e sorriu, mesmo com o mau tempo e a previsao de tempestades! Voce sorriu e o recebeu bem, sem saber exatamente quem ele era, serviu um café com sequilhos e se sentou, conversando amenidades. Pois e, é amor e voce sorriu. Mas ele se foi e voce ficou. Curiosamente algo se modificou e, de certa forma, ele tambem ficou com voce. E riu, em tom de deboche, enquanto voce fingia ainda nao acreditar.

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Bahea!

Todos os programados, se desprogamam por mero acaso. E eu vou levando. Internet fora do ar, mil aquisições, momentos inusitados e um tempo meio chuvoso, meio ensolarado. Feriado tem um quê de tempo longo, principalmente quando você se acostuma e sábado se torna sinônimo de trabalho. Um viva a independência. Viva a(o) Bahêa!

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Do coração pequenino.

Imagine quatro horas filtrando um sangue para continuar vivendo. Imaginou? Imagine receber a notícia de que o seu rim parou de funcionar e você precisa de dialise. Imaginou? Agora imagine que suas veias não suportem mais a hemodialise e você precise de um transplante renal ou então… Você sabe o que acontece. Por fim, imagine que, após o transplante, o rim que você recebeu não funcione e você volte para a hemodialise. Imaginou? Pois é, para aproximandamente 50 mil brasileiros está é uma realidade e não apenas imaginação. 
Quatro horas em uma máquina, três vezes por semana, dieta restrita, ingestão controlada de liquido, mil riscos e um punhado de limitações. Sem falar nas marcas causadas por cateteres, fistula, tombros, e tudo o que envolve a imagem corporal. Some a isso a restrição de atividades laborais, as mudanças sociais, as doenças associadas e por aí vai. Para aproximadamente 50 mil brasileiros está é uma realidade. 
Uma realidade difícil, é um fato. E todos os dias, trabalhar com esses seres humanos me desperta para milhões de novos questionamentos. 
Porque eu estou falando disso? Porque não é fácil viver essa realidade mesmo quando você está “protegido” por um jaleco. Quando você trabalha há dois anos com os mesmos pacientes, conhece as historias deles e constroem um vinculo, é difícil pensar em perdê-los. E aceito, a morte faz parte da vida. Mas não deixa de ser difícil. Porque, acredite, não é fácil. 
Por outro lado, como disse outro dia, não há salário que pague um sorriso, um abraço, um alento, um alívio, um encontro… Não há dinheiro no mundo que pague todas as boas energias que recebi dos meus pacientes,  muito menos a satisfação de desempenhar bem o meu trabalho, compartilhando todo esse cotidiano difícil. 
Não se espante, quando se entra em uma sala de hemodiálise não se encontra apenas a gravidade e a cronicidade de um adoecer, também se encontra os sorrisos, as brincadeiras, as conversas, as trocas e a alegria por estar vivo. 
Ser renal crônico não é simples, não é fácil e em determinados períodos vivenciar essa realidade dos pacientes se torna ainda mais duro, o coração fica pequenino. Porque alguns logo partem. E aqui na Terra, ficam seus sorrisos e a graciosidade em superar os mais dificeis desafios. 
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Todo são joão tem seu fim…

Como costumo dizer, essa – sem dúvida – é a melhor epoca do ano. E não porque eu sou do interior e tenho casa, comida e roupa lavada em uma das melhores cidades para curtir o são joão, mas porque – sem sombra de duvidas – tenho os melhores momentos juninos que poderia imaginar. Porque tudo começa e termina na minha varanda, todo licor de chocolate é permitido mesmo com tratamento, todos os comentários são válidos e as pessoas desfilam na festa buscando identidade, logo… o que sobra para nós? reconhecê-los enquanto seres humanos!
Nesse momento, as BRs ainda estão lotadas e as pessoas odeiam o fato do são joão ter chegado ao fim, mas tudo que é bom um dia acaba. E se a gente aprende que insistir em algo que já terminou é surreal, entende também que chega uma hora que as fogueiras têm que se apagar, as bandeirolas param de sacudir e as melhores delícias da culinaria junina terminam. O melhor é saber que ano que vem tem mais! E enquanto o feriadão não volta, fico aqui contando minhas gargalhadas, com saudades das minhas melhores companhias, dos comentários, das diversões, das delícias e do bom humos junino.
E no fim a gente entende que não importa a pista ou o camarote do arraía do cerveja, não importa de que ponto vimos Jau, ou cifras, meu bem. No fim, o que vale é o valor das gargalhadas, das brincadeiras com “traque” e dos meus melhores companheiros (alguns que, assim como o são joão, deixam saudade quando eu volto para a capital).
São João 2012 tem mais.