Categorias
Sem categoria

O inicio da saga.

Existem cenas inesquecíveis em nossa vida, um fato.
Um dia desses, eu estava procurando uns filmes para baixar e por acaso encontrei o “Sempre amigos“. Eu não me lembrava muito bem da história, mas sabia que era lindo.
Bom, não vou entrar nos detalhes da trama agora, mas lembro que eu o assiti com minha mãe na Globo e o adorei. Foi a partir dele que eu comecei a me interessar pela Lenda do Rei Arthur e fiquei viciada nas “Brumas de Avalon” (essa foi outra parte esquisita da minha vida, acredito, até hoje conheço poucos seres humanos assim).
Hoje á noite, no apice do tédio, sentei outra vez para rever “Esquisito, o corajoso”.

(…)

…meus olhos ainda estão inchados demais para explicar.

Categorias
Sem categoria

pinguins, calça fluor, menino(a)


Enquanto finjo que não tenho pós o dia inteiro, saiu em disparada pela internet.
Então o restart foi vaiado no VMB e o Justin Bibier está cansado do assédio de fãs?

Ok.

E falar o que pra esse povo?

Quando eu era adolescente gostava no CBJR e do CPM 22 (ok, assumo meu lado emo). Adorava as músicas e a forma como elas pareciam ter sido escritas para mim (afinal, eu era adolescente), mas agora as coisas sinceramente me assustam. Eu não apenas gostava disso, vale ressaltar, mas ouvia Legião, Paralamas, Capital dentre outras e some-se a isso a MPB. (Fato: eu era uma adolescente estranha que ouvia os cd´s de minha mãe.)
Mas agora quando eu vejo cantores de happy rock (?!?) e guris com cara de menina (como diz o Felipe Neto), eu me pergunto onde vamos chegar. O que será da geração internet com baixa tolerancia a frustação e adeptos a modinhas sem fundamento? Não posso desconsiderar que adolescentes precisam de certas coisas pra se desenvolver e moldar suas lentes sobre o mundo, mas eu tenho medo do futuro. Ninguém pode negar.

E no fim, antes de levantar e me forçar a sair, eu encontro noticias que me aliviam a alma. Casamento de pinguins é uma atração muito melhor do que gostar de um carinha de cabelo liso que canta uma música chiclete ou de uns guris com calça fluor.

Eu sei, gosto não se discute, mas eu gostava muito mais dos adolescentes dos anos 90.

Categorias
Sem categoria

desejos com um quê de subversão.


– não ter compromissos sabadinos
– brincar com a dinda até umas horas
– passar uma tarde boa com o noivo-rido
– rir de boagens com a irmã mais velha
– abraçar minha velha e boa mãe

…e depois de um quê de subversão:

– usar palavras de baixo escalão para extravasar emoções genuínas
– explodir, pura e simplesmente
– não ligar para o ideal de mocinha comportada
– desligar-me de certos assuntos denominados “compromissos”

e no fim do dia, após uma ou duas roskas, tomar um banho de chuva para lavar a alma e acalentar meu pobre coração sensivelmente maltratado.

Categorias
Sem categoria

a escrita soterrada.

hoje perdi o prazo de um concurso de literatura que eu sonhava em participar e me dou conta a cada dia mais que uma mania – que antes era estatégia de enfrentamento e se tornou uma bela companhia – está se soterrando em mim diante do mundo confuso que eu me defronto quando o mundo interno já não é o único caótico. diferente do que achava quando sentava na minha janela há mais de dez anos buscando nas linhas escritas uma série de respostas que ninguém se preocupou em me fornecer.

o fato de eu ser cada vez mais adulta agora, me faz deixar de esperar as respostas que os outros deveriam me dar – independente de me fornecerem ou não na realidade – porque eu entendo que agora as respostas são minhas, mesmo que elas sejam repletas de tantas vozes alheias que existirem em mim.

o fato de sentir minha escrita enterrada entre os prazos, as contas, os módulos da pós, os livros (que eu devo, mas não leio), os pacientes e um mundo meio novo meio já conhecido, me faz questionar mais algumas milhões de certezas que se tornam – sabiamente – incertezas.

refúgio já não me é mais possível, mas eu me pergunto:

para onde vai minha escrita que nasceu diante de uma pesada sensação e hoje, se configura como uma possibilidade de me encontrar cada vez mais, em mim?

(fato: convivo cada vez melhor com as dúvidas)

Categorias
Sem categoria

minha aquarela.




outro dia conversava com o noivo-rido sobre meu desejo de saber desenhar.
(antes de tudo é preciso dizer que minha lista de desejos é muito maior do que o meu e o tempo necessário para realizar tudo seria preciso dividir em muitas vidas. de qualquer forma, isso nunca me foi um defeito. na verdade, minha curiosidade sobre tudo sempre me foi curiosamente satisfatória porque para a minha singela pessoa não faz sentido vir ao mundo seguindo um fluxo tranquilo sem saber, sem buscar e sem catar por aí tudo o que se tem pra ver).
assim, entre milhões de desejos e projetos, fica a vontade de desenhar. porque em muitos momentos, a vontade mesmo é de se munir com lápis, tinta e papéis e colocar na folha o que palavras não sabem colocar para fora.
curiosamente naqueles momentos em que é dificil julgar o sentimento que se sente e distinguir o que se encaixa em cada sentir, uma folha bem grande com rabiscos e figuras bem desenhadas me parecem dignamente mais perfeitos para traduzir o que eu ainda não.

imagens: odosketch

Categorias
Sem categoria

a extraordinária eventualidade do ser.

é incrível (e curioso) perceber
que por mais doloroso (e necessário) que seja,
a grandeza de um (entre tantos) eventos extraordinários
está bem ali
na imagem refletida
em um espelho qualquer.

foto.

Categorias
Sem categoria

sobre tudo isso… e mais um pouco.


são tantas perguntas
tantos porques
tantos e tantos e tantos e tantos

que tudo, temporariamente, parou no tanto.

agora
busquemos o ato,
para menos tanto.

foto: sabino.

Categorias
Sem categoria

semana em alfa.


virose é moda na Bahia.

ou seja, se vc sente qualquer coisa (dor de cabeça, enjoo, febre, dor de garganta, dor no corpo, entre outras) e vai em uma emergência, vai ouvir:

– é virose, não tem remédio, tem que ficar em casa descansando.

ok.

mas e faz o que com o resto da vida?

Categorias
Sem categoria

sobre o rio e o céu, sobre perguntas.


e se ela fosse olhar bem fundo, veria no fundo do rio, a imensidão do céu azul. um céu cheio de nuvens que lembram formas, que lembram bichos, que lembram infância, que lembram a vida, que lembram um tudo, que lembram e lembram cada vez mais, sem parar.
e se ela fosse olhar bem fundo, entenderia que não são as respostas, é preciso achar as perguntas escondidas por aí, no fundo de um rio cristalino ou num céu anuviado de imagens de si.

Categorias
Sem categoria

sete.