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um dia.


eis que as palavras se embaralham, o dia se vai e a vida segue.
eis que o brilho se esvai, o sol se despede e as horas passam.
eis que a vida se desenrrola, os pássaros dormem e as teias se entrelaçam.
somos um só e isso tudo.
somos e somos, sem fim.

durma bem, dia qualquer.

foto: suzypuzz

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(…)


e da mesma forma como ela temia a noite por ser escura, ela temia o dia por sua luz. seus olhos assustavam-se com o futuro da mesma forma como o passado lhe eriçava os pêlos do corpo e tremia as suas bases. ela não sabia bem como ser o que deveria, sem esbarrar na dúvida e na descrença. ela não sonhava que vivia, ela vivia e sonhava invariavelmente, cotidianamente e, muitas vezes, de forma insuportável. ela desacreditava e sonhava e ás vezes se encharcava, mas ia e esperava e dóia. era sempre sem fim, ela sabia, ela desconhecia e os olhos magoavam e as lágrimas se iam.
a luz trazia o que ela não queria enxergar, a vida que ela não aprendeu a lutar, os sonhos que não condiziam. e a noite, com sua penumbra, produzia mais medos, mais monstros, mais castelos, mais princesas, desfazia a claridade, constuía um mundo. e o mundo a asustava.
e quando a noite se ia e a luz surgia, o susto se tornava cansaço e as dúvidas, tristeza. ela não era uma soma, mas sim multiplicação.
soma seria uma operação matemática banal frente à sua grandeza de vida. ela sabia. e ia. e dóia. e sorria. mas ia. indo até onde dava, descansando quando o corpo exauria e vivendo da maneira como podia.
ali estava toda a poesia, a alegria, a harmonia, a companhia, a agonia, a fantasia. e tudo ia e voltava como um mar. uma hora ou outra, com luz ou com escuridão, seus olhos pesavam e ela sofria. em muitas outras, o sol a alegrava e ela corria. era um carrossel, um mar vivo. era ela. e assim seria.
e quando o medo da escuridão ameaçava encobrir mesmo o sol do dia, seus pés firmavam o chão e ela buscava um tudo. cada dia mais, cada minuto a mais, a cada respiração a mais, ela buscava e encontrava.
e mesmo com a ameaça da escuridão, ainda havia.

foto: sabino.

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verão na bahêa.



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modelo preferida.




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Viva a Cafeína.


Nunca fui fã de café e ele maltratava meu estômago.
Em dezembro, véspera de natal, em uma tentativa de me manter acordada nos 180 km que separaravam a capital do meu interior, tomei um capuccino (de tão “entendida” nunca soube que capuccino é com chocolate).
Ok, atravessei os km.
Esse final de semana, após dormir apenas 5 horas, um novo capuccino (delícia) para novamente cruzar os tão conhecidos 180 km.
Hoje, num momento de desespero por doces (= tpm), provei o “Brown Café” da Viva Gula.
Delícia Cremosa da Bahia!

Meu estômago ainda dói um pouco, ainda sinto sono, mas estou tão disposta que mesmo com mil coisas para fazer às 23:04 da noite, ainda acredito que amanhã está muito longe.

Aprender a tomar café é reflexo da adultez.
Diga se não é?
Cruzei a fronteira, agora fudeu!

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prece.

que os céus me concedam a fé e a energia de seguir em frente.
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sobre um dia: vinte seis de janeiro



então foi assim, como que manso, como que improvavel. em março daquele sofrido ano, chegou, com um sorriso discreto e aquela tranquilidade estranha à dona de olhos verdes tomados de sustos. chegou por acaso, apresentado por um cruzamento de vida, cheio de conversas nos caminhos para obrigações adolescentes. chegou assim, discreto, meio timido, tão calado, mas de alma bonita e palavras sinceras. tomou assim, de março, chegou abril e entre tantas frases escritas, telefonemas amigos e tardes de domingo, ficou assim. então, como que ainda mais inesperado, veio maio com seu ar de mudança, com seu jeitão “meio de ano”, com sua importância ainda indefinida. chegou assim, tomou assim, ficou assim, amor? sim.
um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito… agora de um quase nove. ficou assim. ficou bonito, gostoso, calmo, tropego, tempestivo, alegre, briguento, tacanho, teimoso, vivo, sedutor, amor… chegou aos poucos, ficou de vez, tomou assento, firmou presença. eis um grande sorriso e uma alma leve, de cheiro gostoso e sorissos bobos.
e então, assim, despretensioso, se apoderou do reino, vestiu a capa, recebeu coroa, um rei vitorioso. enfim, sossegou, brando e carinhoso.
amor tem desses tipos inexplicaveis. chega assim, fica, ficando, amando, tomando, vivendo, chorando, refazendo. amor tem dessas coisas de sentir tudo e mais um pouco, de amar amando mil vezes e amar mais um punhado. amor tem dessas de reconhecer e desconhecer. tem um bocado de muito, um pouco de nada, uma soma de vida e um tanto de sorte.
amor vem assim, fica, ama, nutre, ensina, constroi, suporta, sorri e vive. vive intensamente em mim nesses quase nove, hoje também vinte e cinco. amor tem dessa coisa, um dia um bebê amado pela mãe, hoje homem amado por mulher. amor é isso e mais um tanto sem fim.

feliz aniversário.

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si.


e ela, que tantas vezes fingiu aceitar um fato inegável da linearidade e do desfecho da vida, ri de si mesma e das suas verdades, enquanto acredita e espera. de fato, um dia ou outro imagina, que no fim o melhor seria se deixar, mas comumente relembra que não existe nada tão certo quanto a imprevisibilidade e nada tão puro quanto a fé inabalável e aquela força… sim, aquela que a impulsiona a buscar desesperadamente ar puro, fresco e merecido. por dias, ela se esconde entre raízes mais fortes do que caules novos, mas logo mais volta a se fortalecer, desestabilizando até os mais firmes e determinados principios. ela é um ramalhete de redefinições e sorri, já que – por hora – renascer e acreditar é o que a mantêm no mundo e, definitivamente, o que – em muitos momentos – a salvou de si mesma.

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história da vida.


ando achando tudo um pouco confuso. como um livro descosturado em que as páginas voaram com o vento e uma alma caridosa busca reordenar. mas, invariavelmente, pelo número de folhas, a organização não cai bem e páginas desordenadas se unem por um lapso de linearidade.
é verdade, nem sempre deveria ser 100% correto e quadrado, mas por hora, me engrandeceria um bom humor cotidiano e simples, sem falsas promessas ou sonhos demais. eu não sonho demais, acredito. minhas mil e uma vontades são reflexo do que eu sou e não excesso de mim.
nessa busca frenética por encontrar as páginas certas, minhas vistas se distraem do mundo e quando olho em volta, mais um dia se foi.
não seria apenas um mero devaneio imaginar como seria o mundo se o meu mundo fosse de outra forma, mas seria utópico viver a esperar que esse mundo se realizasse. no meu mundo torto e banguela, falta uma série de conteúdos, como aquelas palavras que o editor cortou por achar desnecessário, mas que, no momento em que foram escritas, eram essenciais. entretanto, a escrita não volta e não existe presente no passado.
o melhor não seria exatamente procurar as páginas que voaram com o vento e se deixam levar pela brisa, mas sim escrever novos registros e alimentar outras linhas. reconstruir seria a opção correta, realinhar não se mostra ineficaz.
nesses dias de caos no mundo, o meu mundo caótico por consequência aguarda com fé um sossego da vida.
no passaporte, ainda não carimbaram minha passagem de volta, mas me desejo um voo tranquilo, rumo a novos ares.
queria mesmo deixar as páginas voarem livres e escrever uma nova história, mas o dia esmoreceu e a noite se espalha. e na confusão da vida, ainda receio os novos enredos.

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coisas da vida.


a vida tem dessas. tem tantas outras. tem milhões.
a vida tem tudo e tem a mim.
a vida tem dessas e eu vou vivendo.

a vida tem essa paz e eu vou encontrando.
não é fácil, eu sei. mas nada é tão fácil assim…

a vida tem dessas, tantas, milhões
e eu aqui tenho também.

tenho um tudo.
quero encontrar a (minha) paz.

foto.