meus dias vacilam entre o bom e o mau humor com tréguas emocionais esporádicas.
então, eu suspiro e recordo que hoje é segunda-feira.
estou com o humor típico ao dia.
Hoje, por acaso, estava (re)lendo minha lista de realizações para 2010. O mais espantoso não foi constatar que eu não esqueci da lista durante os 300 e alguns dias do ano até o dia atual, o mais surpreendente foi perceber que a maioria das metas foram alcançadas, desde as mais objetivas até as mais subjetivas.
Curioso também foi perceber que no início do ano eu não imaginava que tanas coisas iriam acontecer, muito menos que certos eventos aconteceriam da forma como aconteceram.
(Eu sei, não tenho poderes paranormais, logo…)
Explico o meu revival inesperado: em meados de dezembro estarei de férias, logo fico com a sensação ainda maior que o meu ano está acabando. Então já penso na lista de metas para 2011 e nas boas promessas que o ano me traz.
Por vezes, tenho medo de 2011 porque desde 2008, com minha saída da faculdade e por consequência da ocuapação “estudante”, muita coisa tem mudado assustadoramente rápido (demais) para mim.
Mas na maioria dos dias, espero que 2011 venha bonito e cheios de metas novas com as quais eu nem chego a sonhar até o dia que elas se tornarem verdade.
ps: a foto foi uma acaso do gettyimages. só depois percebi que o peixe estava de cabeça pra baixo. bem minha vida, mas bem bom.
ela acreditava consideravelmente no poder do tempo. um dia mudaria uma vida na mesma velocidade que um ano, um segundo seria suficiente para percorrer milhões de quilômetros.
ela amava os significados do tempo.
um dia, com certeza, seria suficiente para que a dor e a delícia se misturassem por inteiro, enquanto no céu, o sol raiasse esplendoroso.
Apesar da reportagem do Correio pegar pesado na crítica, eu não tenho nem palavras pra dizer.
O show foi sensacional desde o início. Nunca vi tanta gente reunida pra um show e nunca vi tanta ansiedade dentro de mim. Na concha, como sempre, a plateia dá um banho e quando o coro cantou “O vencedor”. Porra! Foi foda. Nenhuma outra palavra definiria o momento: Foi F-O-D-A e ponto final.
Mas pior de tudo foi “Sentimental”. E eu, admirada com apenas as luzes dos celulares acesas, cá no meu canto escuro, chorava sozinha.
Não me importa muito se a banda vai voltar, se o Camelo desafina, se o repertório é batido, se Los Hermanos “não disse a que veio”, o que importa é o aperto no peito e as lágrimas saltando dos olhos. Porque, francamente, o que importa no fim é o que se sente.
(minha foto diz mais do que tudo)
“O quanto eu te falei?
Que isso vai mudar
Motivo eu nunca dei
Você me avisar, me ensinar
Falar do que foi pra você
Não vai me livrar de viver”
Desde o dia que se levantou a possibilidade, borboletas voavam no meu estômago.
Desde o momento em que se confirmou a verdade, a adrenalina se agitou no meu cérebro.
Desde a informação que as vendas começariam em tal dia, os planos se iniciaram.
Desde o momento terrível de não conseguir, entrei em pânico.
Então desde o dia que um amigo confirmou meu “passaporte”, eu espero.
Finalmente é hoje!
O dia do esperado Los hermanos.
Os dois meses de espera pareciam longos, mas enfim acabaram.
E desde a quarta ou quinta-feira, um dos meus vizinhos de prédio revisita todos os cds todos os dias.
Inclusive agora enquanto eu escrevo, o ouvindo ouvir “Adeus você”
Um fato: uma das minhas preferidas.
E hoje, mesmo gripada, sei que vou ter reações esperadas para o momento e inesperadas (cotidianamente falando).
“É bom…
Às vezes se perder
Sem ter porque
Sem ter razão
É um dom…
Saber envaidecer
Por si
Saber mudar de tom
Quero não saber de cor, também
Pra que minha vida siga adiante“
Eu poderia escrever de um tudo sobre Tropa de Elite 2. Poderia, inclusive, fazer uma análise teórico-filosófica-psicológica-humanista, o relacionando à realidade da vida. Eu poderia fazer tudo, mas talvez seja melhor descrever uma sensação.
Enquanto todas as pessoas (após calorosos aplausos) levantavam para ir embora, eu olhava para os lados questionando o próximo momento. O sentimento era de total alheiamento, simplesmente porque estava tudo ali, meus queridos! Era tudo real.
Sem falar na atuação de Wagner Moura (tão fada quanto a de Hamlet no TCA meses atrás), que dispensa comentários. E a genialidade do roteiro?
Enfim, como eu disse, poderia falar sobre tudo, mas o único comentario que me cabe nesse espaço é:
ao olhar para um dos lados procurando qualquer resposta para as mil perguntas do filme, eis que minha vizinha de cadeira se levanta e “esquece” o copo vazio de refrigerante no suporte da cadeira.
Alguém consegue imaginar a minha revolta?
Então batem palmas pra um filme foda, acham incrivel a podridão verdadeira que eles relatam e “esquecem” um copo ali?
No fim….
(suspiro)
É mais fácil fingir que o filme é a realidade do Brasil, desprezando que você – e todos nós, inclusive minha vizinha de cadeira – faz parte desta podridão.
ok, vamos em frente.