ultimamente meus olhos em relação ao chile são esses:
joaowainer.wordpress.com/
Autor: Marilia Neri
itaparica-salvador
cinco.
sobre o outro.
se eu tivesse conta no twitter, com certeza hoje uma das frases escritas seria:
“nada como um dia após o outro”.
aiai.
all my loving.
a vida tem dessas coisas.
certo dia, ao cruzar a esquina, tudo em volta parecia tão normal quanto antes…
houve um dia que a vida me disse
– ei, moça, devagar!
eu temei em não ouvi-la.
outro dia, cruzando a esquina, vi coisas diferentes.
fingi não ver.
teimosa como sempre, segui os dias.
a vida me pediu sutilmente para parar.
eu não me importei.
hoje, a mesma esquina nem eu mesma reconheço.
sobre o tempo.
a vida tem dessas coisas. tudo que vai um dia volta. e, as vezes, volta bonito como isso:
Enquanto isso corre o tempo como um louco. Esse que nunca pára e se agita diante da imensidão de horas viventes. Corre o tempo em disparada. Fugindo dos perrengues e dos obstáculos com a maestria de uma dançarina clássica.
Corre o tempo assim, sem jeito, meio aos atropelos.
E corre porque corre porque corre.
Mais nada.
Desconheci a pressa do tempo quando não encontrei porque motivo se terminava um dia em apenas vinte e quatro horas. Corre o tempo e dispara. Com medo de se encontrar e descobrir que não há motivo para pressa. Porque independente dessa, corre o tempo.
E o tempo correu e ela foi ficando, ficando, ficando […]
O que restou foi seu sonho acenando, sorrindo e bailando para ela, bem de longe, em um tempo conhecido, mas sem lembranças dentro de si.
eu e ela
da série "lista"
… a quantidade de livros desejados é inversamente proporcional à soma de capital para investimento + tempo necessário para leitura.
aiai.
Sacolejo.
A vida me sacoleja todos os dias.
Os dedos pedem urgentes para serem postos à prova.
O cansaço quase fecha os olhos, mas a mente não quer perder tempo.
E de um cansaço de tudo gerou a vontade de tanto.
Eu, assim, sem querer, sou aquilo tudo e mais um pouco.
E o que dá mesmo é vontade de rir.
Até o estômago doer.
Pois não há.
Nada melhor.
A vida me sacoleja todos os dias.
E daqui, desse mundo, vamos vivendo.
E, enquanto os sacolejos permitirem, vamos indo.
E o que dá mesmo é vontade de rir.
Até o estômago doer.
Pois não há.
Nada melhor.
E ainda vale a pena.
o ano dos dedos nervosos.
A inquietação da vida
transformaram meus dez dedos das mãos
Hoje, enquanto deslizam sobre teclas
Em um teclado qualquer
Agitam-se com a possibilidade de trabalharem como loucos
Obsessivamente compulsivos no exercício
Escrever
Sempre
E de tanto,
Deitam-se exaustos
Ao lado das mãos
E sorriem satisfeito
Esses são eles
Os dez.
O nosso ano.
no ano anterior, seus dedos – independentes dependentes dela – criaram tais fontes.
hoje, criam outro mundo.
bem vindo, novo ano.