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Sacolejo.

A vida me sacoleja todos os dias.

Os dedos pedem urgentes para serem postos à prova.

O cansaço quase fecha os olhos, mas a mente não quer perder tempo.

E de um cansaço de tudo gerou a vontade de tanto.

Eu, assim, sem querer, sou aquilo tudo e mais um pouco.

E o que dá mesmo é vontade de rir.

Até o estômago doer.

Pois não há.

Nada melhor.

A vida me sacoleja todos os dias.

E daqui, desse mundo, vamos vivendo.

E, enquanto os sacolejos permitirem, vamos indo.

E o que dá mesmo é vontade de rir.

Até o estômago doer.

Pois não há.

Nada melhor.

E ainda vale a pena.

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